Torcida abraça Itália, mas vê Espanha levar a melhor diante de Shakira
Deu a minoria. Entre a massa que clamava pela Itália e uma singela mulher no camarote, a Espanha venceu praticamente toda a torcida contra e foi à final da Copa das Confederações após vencer nos pênaltis um aguerrido adversário. O empate por 0 a 0 com tempo normal e prorrogação mostrou que a preferência dos brasileiros que foram ao Castelão era clara e evidente pela Azzurra. A cantora colombiana Shakira, noiva do zagueiro Piqué, acabou levando a melhor num dos camarotes. Com a cobrança isolada por Bonucci e a conclusão certeira de Navas, os espanhóis puderam comemorar em tom de desabafo. Estão com o Brasil, de forma geral, um pouco engasgado após tantas vaias desde o primeiro dia e dos episódios polêmicos divulgados pela imprensa. No domingo, no Maracanã, a resposta virá de forma definitiva.
Do lado de fora, camisas da Espanha, Barcelona e Real Madrid eram claramente maioria na multidão que chegava ao Castelão para a semifinal contra a Itália. As aparências enganaram de novo. Bastou as equipes se perfilarem para os respectivos hinos nacionais que a torcida deixou claro qual era a sua preferência para enfrentar o Brasil na final de domingo.
“Itália, Itália, Itália”, entoavam torcedores de Ceará, Fortaleza, Flamengo, São Paulo, Corinthians e tantos outros. Talvez pelo aspecto do “mais fraco”, talvez pelo noticiário que ligou os espanhóis a polêmicas no Nordeste. Os brasileiros queriam mesmo ver uma vitória da Azzurra.
Como sempre, foi a Espanha quem ficou por mais tempo com a bola. As vaias eram apenas consequência de cenas já vistas até mesmo no último domingo, quando a Roja enfrentou a Nigéria. Para reforçar, a Itália jogava melhor e perdia chances primorosas de gol. As defesas de Casillas se transformaram num anticlímax. Animada com a superioridade, a torcida gritou “olé” pela primeira vez nos minutos finais. Uma ironia para quem se acostumou a colocar os rivais na roda.
Shakira, a estrela do telão
O ritmo diminuiu consideravelmente no segundo tempo. A Azzurra já não criava oportunidades como antes. A Espanha, sem abdicar do seu jogo, também encontrava as mesmas dificuldades. O marasmo mudou aos 22 minutos, quando a cantora Shakira apareceu no telão.
Se a partida não reunia lances de muito destaque, pequenas confusões apareceram nas arquibancadas na reta final. Gritos de “expulsa” indicavam a presença de algum baderneiro, tanto às direitas das cabines de TV, quanto em frente. Em determinado momento da prorrogação, a torcida pediu por “cerveja”. Liberada em eventos da Fifa, a bebida só pôde ser comercializada até os 30 minutos do segundo tempo.
Após sofrer com as fortes investidas da Roja no finzinho, o público acabou comemorando a disputa de pênaltis. Era o melhor cenário para uma Itália acabada fisicamente e com pouca inspiração com a bola nos pés. Mas não significou nada. Ainda que tenham feito sua parte ao vaiar especialmente Piqué e exaltar Buffon, os torcedores viram Bonucci isolar a sétima cobrança e Navas confirmar a passagem para a final.
Será no Maracanã que enfim chegará a hora da Espanha?
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