Torcedor relata pânico em ônibus a caminho do Castelão
O engenheiro Gustavo Alves, 27 anos, viveu momentos de terror a caminho do Castelão, nesta quinta-feira. O ônibus em que estava foi atacado por manifestantes que tomavam as duas vias da Avenida Dedé Brasil, em Fortaleza. O veículo seguia a caminho do estádio levando torcedores para assistir a Espanha x Itália, pela semifinal da Copa das Confederações.
- Foi assustador. Não me machuquei. E acho que ninguém se machucou. Mas foi um baita susto - disse, enquanto lembrava que o veículo ficou parado, no meio do caminho, com os vidros quebrados.
Cerca de cinco mil manifestantes foram às ruas para protestar no entorno do Castelão. Na pauta dos protestos, temas variados, como reforma política, a criação de um fundo para obras contra a seca, mais investimentos em educação e saúde, redução imediata da tarifa de ônibus e suspensão das obras do Acquário, equipamento turístico na Praia de Iracema, e da ponte estaiada sobre o Rio Cocó.
Segundo Alves, cerca de 20 pessoas chegaram perto do ônibus e começaram a arremessar pedras. As pessoas ficaram em pânico dentro do coletivo, mas a Polícia Militar, que já tentava conter a ação dos vândalos, conseguiu dispersar os que atiravam pedras.
- Depois disso, tivemos que descer e seguir o resto do caminho a pé. Aliás, fomos praticamente escoltados até lá - destacou o engenheiro.
Já perto do início da partida, policiais da cavalaria faziam a escolta dos torcedores que chegavam ao estádio pelas entradas próximas de onde ocorria o conflito entre PM e manifestantes
O engenheiro ainda lembrou que muitas das mulheres que estavam dentro do veículo ficaram nervosas. Algumas até choraram.
- Ficamos cercados por instantes. Mas esses instantes pareciam mais horas - disse ele.
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