Brasil vê sufoco com naturalidade e tira lições para jogo 2 contra a França
Fossem 3 sets a 0, os sorrisos seriam mais largos. A queda de ritmo durante o jogo e a dificuldade para bater a França no tie-break, porém, foram encaradas com naturalidade pela seleção brasileira. Em seu primeiro jogo dentro de casa, a equipe admitiu uma certa acomodação depois de abrir 2 a 0. Mas, com a expectativa de um Ibirapuera lotado, o Brasil espera pôr em prática as lições aprendidas para o segundo duelo contra os europeus, neste sábado, às 10h10m.
Foi uma baixa temperatura. A França tem uma garotada que veio para se testar e na posição de franco-atiradores. Eles têm uma equipe de qualidade, com boa defesa, difícil de derrubar. Você mistura a queda de rendimento com a qualidade da equipe adversária e vai ter um resultado ruim. Erramos em sequência. Temos uma serie de lições a aprender. Lições que serão usadas para que possamos conquistar um melhor ritmo.
Capitão do time, Bruninho também admitiu a queda de rendimento da equipe quando tudo indicava uma manhã tranquila no Ibirapuera. O levantador acredita que, com os ingressos esgotados para a manhã de sábado, a torcida não deixará a seleção perder o vigor ofensivo durante a partida.
- Eu gostaria de jogar com um ginásio mais lotado. A gente sabe o quanto o público é importante. Mas, numa sexta, às 10h, tínhamos até um bom número de torcedores. Acho que isso ajuda na nossa maneira de jogar, de ser o tempo inteiro agressivo. Faltou um pouco de ousadia, de querer um pouco mais. É uma coisa que tem de servir de exemplo. Hoje, poderíamos ter perdido. Por sorte, acabamos vencendo. Não podemos deixar acontecer de novo.
Bernardinho também lembrou a qualidade defensiva da França. Quando a seleção não conseguia encaixar os ataques, a afobação na tentativa de definir o ponto facilitava a vida dos rivais. O técnico diz que, em uma reformulação de equipe, é normal haver uma certa instabilidade nas atuações. Mas, com o tempo, o treinador espera que a seleção tenha um jogo mais equilibrado.
- Uma reformulação acarreta numa queda de rendimento. Estamos amadurecendo em um novo ciclo, há um “mix” de experiência e juventude interessante. Que a gente tenha esse espírito de crescimento. A França venceu a Polônia e deu sufoco nos EUA e na Bulgária. Nós ganhamos passando sufoco, não há problema. Mas não podemos ter tão pouca continuidade. Precisamos sair de sequências negativas com mais facilidade, tentar não entrar nesse jogo deles.
Um dos destaques da França foi o levantador Rafael Redwitz. O jogador, naturalizado francês e que defendeu a seleção brasileira na Copa América de 2007, mostrou qualidade nos momentos decisivos e soube municiar bem o ataque do ponteiro Earvin Ngapeth. Feliz pela boa atuação diante dos rivais, o franco-brasileiro espera que a equipe consiga manter o nível e, quem sabe, possa surpreender os donos da casa neste sábado.
- Viemos com um espírito de ver como era o nosso nível. Já tínhamos feito bons jogos, temos um grupo bom e jovem. Estamos revezando bastante, dando oportunidade para todo mundo mostrar qualidade. O jogo foi um reflexo da nossa mentalidade, respeitando bastante o adversário, mas lutando ate a última bola. Conseguimos dificultar ate a última bola. A decepção é grande por ter passado perto da vitória. Vamos tentar esfriar a cabeça e ver o que a gente pode mostrar no sábado.
Com 13 pontos, o Brasil pode garantir a classificação para a fase final da Liga Mundial neste fim de semana. Para isso, precisa que a Bulgária vença seus dois duelos contra os Estados Unidos, na casa dos americanos.
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