Agora é com ele: sem Renato, Chicão vira o homem da bola parada no Fla

Mais do que apenas um gol. Ao ver o chute perfeito da entrada da área tocar no travessão e balançar a rede de Renan, Chicão não estava somente empatando a partida com o Goiás para o Flamengo, quarta-feira, no Serra Dourada, pelo Brasileirão. Ali, o zagueiro assumia também o posto de novo cobrador de faltas da equipe. Condição que não ficou vaga por muito tempo, mas que desde a saída de Renato Abreu se transformou em um ponto de interrogação na Gávea Artilheiro do Flamengo na década, o antigo camisa 11 marcou 25 gols de falta pelo clube. Somente este ano, foram três. E desde os dois últimos, na vitória sobre o Campinense, na Paraíba, pela Copa do Brasil, no dia 1 de maio, a carência na equipe estava evidente. Eram 17 partidas sem balançar as redes desta maneira - 12 desde que Renato deixou o clube. Chicão mostrou que pode resolver o problema e promete se dedicar para cumprir as expectativas. - Tenho que trabalhar no dia a dia, procurar fazer o meu papel, para estar pronto nas oportunidades. É preciso criar alternativas, procurar surpreender o adversário e fazer os gols. Contra o Goiás, estava bastante concentrado e procurei observar o goleiro. Vi que ele não estava vendo a bola e era importante que ela passasse da barreira. Estava muito próximo, não adiantava colocar força, porque a bola tem que subir e cair. Estatísticas apontam que nove dos 43 gols marcados pelo zagueiro na carreira saíram de cobranças de falta. Apesar de não ter a resposta com exatidão, Chicão garante que já fez mais e lembra quando descobriu que tinha esse dom. - Comecei a treinar no Juventude (2005-2006), com o Dorival (Jr.). Nunca me inspirei em ninguém. Olho grandes batedores, muitos com vários gols bonitos, mas procurei sempre fazer o meu trabalho. Atualmente, a intensidade nos treinamentos não é tão grande. Com o calendário apertado e a idade de 32 anos, Chicão admite que muitas vezes o descanso é a melhor opção. Quando há brecha, porém, ele se dedica a trabalhos específicos. - O tempo de recuperação do atleta hoje em dia é muito pequeno. Já temos outro jogo no domingo. Procuro treinar sempre que tenho oportunidade, quando não estou cansado. Até para não ficar desgastado. A junção de cobranças de faltas com o Flamengo leva naturalmente a associação ao nome de Zico. Chicão, por sua vez, não aceita tamanha responsabilidade. - Não, não. Não vamos comparar com ele - disse, aos risos. No período entre a saída de Renato Abreu e a chegada de Chicão, João Paulo tentou assumir o posto de homem das bolas paradas, mas nunca sequer assustou os goleiros adversários. Além do zagueiro, André Santos também surge como possível cobrador atualmente.

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