Flamengo joga a vida do Império do Amor e do caos contra o Caracas


O comandante Andrade tem as portas abertas para deixar o reino e o antes incontestável Adriano passa por apuros. No meio disso tudo, uma batalha decisiva contra um adversário – teoricamente – desinteressado. O Flamengo joga o semestre, e talvez o ano, na partida desta quarta-feira contra o Caracas, no Maracanã. Qualquer resultado diferente de vitória significa o adeus à Taça Libertadores e o início de uma crise profunda no atual campeão brasileiro. No discurso, a competição continental sempre foi a prioridade. Mas a derrota para o Botafogo na final da Taça Rio mostrou que o Carioca era capaz de abalar as estruturas. Envolvido em um ecossistema de problemas internos, que vão da diretoria à comissão técnica, passando por jogadores, claro, o clube vive momento de instabilidade.

Adriano, principal estrela da companhia, não levanta a cabeça. Sofre por amor, sofre por excesso de peso e não rende em campo. Mas ainda há a parte amorosa do Império. Artilheiro do Estadual, com 15 gols, Vagner Love é o oposto. Equilibra-se com maestria entre a fama de boêmio e a dedicação em treinos e jogos. Virou exemplo e inspiração para o companheiro.

Especialmente em um jogo em que o Flamengo precisa de – muitos – gols. O regulamento desta edição da Libertadores é diferente dos anos anteriores. Devido ao surto da nova gripe no México, Chivas Guadalajara e San Luis deixaram a Libertadores de 2009 nas oitavas de final, por não abrirem mão de atuar em seus domínios. Para não estremecer suas relações com os clubes locais, a Conmebol decidiu garantir aos dois times a presença na mesma fase desta edição. Assim sendo, somente seis dos oito segundos colocados se classificarão.

Em busca de gols

A quatro pontos do líder do Grupo 8, Universidad de Chile, o Flamengo busca uma destas vagas. É aí que o time depende do saldo de gols. Uma vitória por 2 a 0 o deixa em boa situação, porque o faz superar o Universitário-PER e força o Racing-URU a golear o Cerro Porteño por cinco gols de diferença, em partida que ocorre na quinta-feira.

- Já passei para o grupo que o saldo de gols pode fazer a diferença. Mas a goleada é sempre a consequência de um bom trabalho. Primeiramente, vamos pensar em ganhar o jogo - disse Andrade.

O treinador pode fazer a despedida do clube em que conquistou o Brasileiro. Ganhando ou perdendo, a diretoria estuda modificar o comando. Nem tanto culpa dos resultados. O problema é que a personalidade de Andrade de evitar o embate com os jogadores causou problemas comportamentais graves no ano. E a presidente Patrícia Amorim determinou uma mudança de filosofia.

Estruturalmente, Andrade ainda não teve tempo de dar resposta. Mas na formação do time há alterações. Precisando da goleada, o treinador trocou o volante Toró pelo meia Vinícius Pacheco. Ele jogará ao lado de Michael na armação de jogadas.

Álvaro, machucado, segue fora e será substituído por David. Na lateral esquerda, Juan volta após cumprir suspensão no Estadual e entra na vaga de Rodrigo Alvim.

Eliminado da Libertadores e com apenas dois pontos na tabela, o Caracas chega ao Rio de Janeiro para tentar propagar o caos no adversário. Apesar da mira no Campeonato Venezuelano, os titulares serão escalados na partida no Rio de Janeiro.

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