Com 60% dos gols de bola aérea, Galo tem fórmula para vencer Olimpia
Sabe aquela máxima de que em time que está ganhando não se mexe? Pois é nisso que o Atlético-MG deve se basear para buscar o tão sonhado e inédito título da Libertadores da América. O modo como o Galo tem jogado e chegado aos gols ao longo da competição se encaixa perfeitamente com os maiores defeitos do Olimpia, adversário da decisão. No entanto, alguns detalhes não podem deixar de ser observados em uma análise tática e estatística entre as equipes.
Dos 27 gols marcados pelo Atlético-MG na Libertadores, 16 surgiram através de jogadas aéreas, o que significa 60% de todos os tentos da equipe. Essa estatística casa exatamente com a maior deficiência do Olimpia, que sofreu a maioria dos gols em bolas levantadas. O apoio de Marcos Rocha e Richarlyson será mais do que necessário para a construção das jogadas. O lateral-direito já é presença constante nos lances de ataque dos mineiros e pode se tornar peça importante para vencer a marcação dos laterais/alas paraguaios.
Desta forma, os laterais do Olimpia devem se resguardar na marcação. Afinal, o grande poderio dos times armados pelo técnico Cuca são as pontas de ataque. Sem Bernard, Luan assume o lado esquerdo ofensivo, enquanto Diego Tardelli cai pelo lado direito. O grande segredo para utilizar a velocidade desses jogadores está no setor central: o craque Ronaldinho Gaúcho. É pelos pés dele que sai boa parte das jogadas do Galo. Dos 27 gols marcados, 17 tiveram participação direta do meia, que costuma variar as jogadas pelas laterais com o lançamento direto para Jô fazer o papel de pivô.
Mais uma estatística que pesa a favor do Atlético é que, dos 14 gols sofridos pela equipe na Libertadores, apenas três foram de bolas aéreas, mostrando que o time também é forte defensivamente nesse quesito. Réver e Leonardo Silva são zagueiros altos e com bom posicionamento, dificultando a ação dos adversários. Isso pode minar uma das principais jogadas do Olimpia. Porém, Victor, herói do Galo até aqui, já demonstrou certa insegurança nos chutes de longa distância: foram dois gols de falta de longe e outros três sofridos através de rebotes do goleiro. Os poderosos chutes de fora de Salgueiro e Aranda devem ser evitados. As faltas próximas à área também são um cuidado que o time mineiro deve ter. Afinal, o zagueiro Miranda é um exímio cobrador e pode levar perigo.
A grande arma do Olimpia é o contra-ataque e, por ironia, a bola aérea ofensiva. Com Mazacotte pela direita e Nelson Benítez pela esquerda, os alas atuam com postura defensiva, completando a linha de cinco defensores. No entanto, quando o time tem a bola, não é raro vê-los chegando à intermediária de ataque para fazer cruzamentos. O ataque é o setor mais forte da equipe paraguaia. Fredy Bareiro é atacante oportunista e já marcou cinco gols na Libertadores, o mesmo número do craque do time: Juan Salgueiro. O uruguaio tem um cartel de possibilidades, sabe atuar como meia, sai muito da área para servir os companheiros, fazer tabelas, e também tem um bom chute de fora da área. Porém, ele volta de lesão e deve jogar no sacrifício.

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