Pitbull domado: conhecido pela raça, Willians mostra lado dócil e apaixonado
Quem vê o aguerrido Willians marcar um adversário em campo até estranha quando entra em sua residência em Porto Alegre. Ali, o Pitbull, apelido dado por Ronaldinho Gaúcho quando os dois atuavam pelo Flamengo, se transforma e vira um dócil marido e pai de família. Casado com Mariana há seis anos, com quem tem a pequena, mas espevitada Ana Beatriz, de um ano e sete meses, o volante do Inter encontra na dupla a força e a felicidade para disputar cada jogada como se fosse a última. São nelas que o atleta se apoia para transformar a pressão pela conquista do Brasileirão em motivação.
Mas o volante não demonstra incômodo. Pelo contrário. Leva o nome das duas no braço (Willians tem Mariana no pulso direito - enquanto a esposa ostenta o nome do volante no mesmo lugar – e o de Bia, como é chamada na família, no antebraço esquerdo – assim como de Pedro Gabriel, seu filho de sete anos de outro relacionamento no direito). E se declara, deixando de lado o estilo forte quando divide uma bola:
- Sabia que a Mariana era a mulher certa. Ela me deu esta garotinha linda, que é tudo para mim. É algo gratificante. Está ao meu lado em todos os momentos, tanto os alegres quanto tristes. Elas são meus dois amores, meus orgulhos.
Bia gritava pelo papai e pedia atenção a todo instante. Pegava o controle, o telefone, as revistas para brincar o tempo todo.
- Ela gosta de brincar, rolar no chão. Corre bastante, como o pai – se diverte Mariana.
Esposa comentarista
Se com a filhota aproveita para se divertir, Willians tem na esposa a confidente e sua principal crítica. É o celular de Mariana que toca quando quer uma avaliação assim que a partida ocorre, principalmente quando atua fora de Porto Alegre.
Ou mesmo em um momento de aflição. Como no período em que ficou impossibilitado de atuar pelo impasse Udinese-Inter. O clube italiano demorou a enviar o ofício que confirmava a venda para o clube gaúcho e o fez perder dois jogos (América-MG e Fluminense), além do duelo com o Vasco, quando o Inter acreditava que ele já teria cumprido suspensão pelo terceiro cartão amarelo. Diante do Fluminense, Willians chegou a viajar ao Rio de Janeiro com a delegação na esperança de jogar. Às vésperas da partida, foi passada a informação de que, como estava sem contrato diante do Vasco, precisava pagar a punição.
- Acaba o jogo e eu ligo para a Mariana para saber o que eu fiz. Às vezes ela corneta – diz aos risos -. Ela fala o que eu errei ou acertei. No Gre-Nal, eu ainda acho que não foi pênalti no Kleber, mas ela disse que foi. Só que antes, teve aquele período que não pude jogar e eu sofri. Fiquei preocupado. Fui para o Rio de Janeiro e não pude atuar. Liguei para ela, estava triste, mas ela me acalmou.
- Ele fica muito triste quando perde ou erra um lance. É raçudo. Vê o jogo quando volta para se acalmar – complementa Mariana.
Comentários
Postar um comentário
http://clafute.blogspot.com/